sábado, 20 de setembro de 2014

Propostas dos principais candidatos ao governo de MS para segurança publica

Delcídio, Reinaldo e Nelsinho: candidatos lideram a corrida pelo Governo do Estado. (Fotos: Divulgação)

Apontados por recentes pesquisas como os principais candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul, Delcídio do Amaral (PT), Reinaldo Azambuja (PSDB) e Nelsinho Trad (PMDB) enviaram ao Ronda suas propostas de melhorias para a segurança pública, caso eleitos. Disputam ainda o pleito os candidatos Evander Vendramini (PP), Professor Monje (PSTU) e Professor Sidney Melo (PSOL), mas, juntos, ainda conforme as últimas pesquisas, não somam 5% das intenções de voto. A eleição acontece no próximo dia 5 de outubro.

Produtor rural, Reinaldo Azambuja foi prefeito de Maracaju entre 1997 e 2004. Dois anos mais tarde, elegeu-se deputado estadual com a maior votação até então e, em 2010, tornou-se deputado federal. Em 2012, disputou as eleições para prefeito de Campo Grande, obtendo pouco mais de 113 mil votos.

Médico, Nelson Trad Filho ingressou na vida pública em 1992, ao ser eleito vereador de Campo Grande. Em 2002, elegeu-se deputado estadual e, em 2004, foi eleito prefeito de Campo Grande, cargo que ocupou até o final de 2012. Após deixar a prefeitura, foi nomeado secretário extraordinário de Articulação, Desenvolvimento Regional e dos Municípios.

Já Delcídio do Amaral é engenheiro eletricista. Foi diretor da Eletrosul em 1991 e, em 1994, ocupou a secretaria executiva do Ministério das Minas e Energia, onde permaneceu até setembro. No final do governo Itamar Franco foi ministro de Minas e Energia. Em 2002, foi eleito senador e, em 2010, reeleito.

Reinaldo Azambuja: integrar polícias e criar metas de produtividade e premiação por mérito

Candidato tucano ao Governo do Estado, o deputado federal Reinaldo Azambuja, segundo colocado nos últimos levantamentos, defende a integração das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, além do estabelecimento de metas de produtividade e premiação por mérito.

“Temos um problema também de remuneração. Somos o último estado do Centro-Oeste em valor de salário aos policiais. Precisamos de uma política de segurança pública integrada para Mato Grosso do Sul”, afirmou.

Os projetos de Reinaldo constam na Carta de Compromisso com a Segurança, documento que, segundo ele, traz “propostas inovadoras para acabar com a sensação de insegurança da população e modernizar a estrutura das forças de segurança do Estado”

O candidato ainda promete um sistema de inteligência para combater a criminalidade, que passa pelo diagnóstico de cada área e, portanto, pela formulação de estratégias direcionadas e mais efetivas, além da qualificação e do uso intensivo de informações policiais.

“A segurança pública é um assunto que preocupa a população de Mato Grosso do Sul. O Estado está muito ausente nessa questão. Precisamos de inovação, tecnologias novas e uma integração das ações das policias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros”, disse Reinaldo Azambuja.

Nelsinho Trad: dobrar o efetivo e dar autonomia administrativa à Polícia Militar

O ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, garante que, se for eleito, vai dobrar o efeito da Polícia Militar e dar autonomia administrativa à corporação, hoje vinculada à Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Dentro do plano de valorização salarial, ele inclui recompensa por metas.

“Quando pensamos nas melhorias de segurança pública, focamos sempre no aumento do efetivo e de mais viaturas. Isso é fundamental. Mas não devemos esquecer que a nossa tropa também deve ser valorizada. O policial que cumprir suas metas será recompensado com bônus. Iremos premiar a meritocracia e garantir e recompensar o bom trabalho da nossa tropa”, defende o candidato, terceiro colocado nas últimas pesquisas.

A estratégia de Nelsinho inclui, também, compra de novas viaturas e investimento na capacitação do policial. “Cursos, especializações e programas voltados à capacitação do efetivo. O policial deve ter condições dignas para trabalhar, evitando que o estresse e a distância da família afete seu bom desempenho”, afirma.

O peemedebista garante que vai priorizar o desenvolvimento científico nos centros de formação policial e oferecer tecnologias avançadas de repressão ao crime organizado. “Com a política de bônus por resultados, tecnologia e qualificação, o policial vai ter condições de trabalhar mais e melhor”, continua.

O plano de combate ao crime do candidato prevê, ainda, a criação de quatro zonas de segurança em Mato Grosso do Sul.

Delcídio do Amaral: melhores salários, qualificação e condições de trabalho

O candidato ao Governo do Estado pelo PT, Delcídio do Amaral, que lidera as pesquisas de intenção de voto, garante que vai investir em qualificação, equipamentos e melhores condições de trabalho para os integrantes das forças de segurança. Segundo ele, é preciso ter “ousadia” na gestão.

“Precisamos ter ousadia na gestão, através da qualificação dos nossos policiais civis e militares, e também na compra de equipamentos modernos, para que elas funcionem como deseja a população. Temos que fazer novos concursos públicos e reconhecer os que já foram realizados”, defendeu o senador.

Entre as propostas do candidato, está a elaboração de um plano de carreira e cursos de especialização no Brasil e no exterior. Para ele, isso evitará que o policial faça o chamado “bico”. “Como governador, eu vou criar um programa de qualificação que proporcione a ida dos PMs e policiais civis a países da Europa e aos Estados Unidos para que eles aprendam as técnicas mais modernas do mundo. Outra coisa importante: vamos separar justiça de segurança pública. A Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Justiça serão comandadas por pessoas que conhecem as respectivas áreas, sem interferência política”, garantiu.

Delcídio também promete oferecer incentivos para os policiais lotados na fronteira. “Os policiais que atuam nas cidades próximas à Bolivia e ao Paraguai merecem tratamento diferenciado. Sou de Corumbá e sei bem da realidade difícil que eles enfrentam para combater o contrabando e o narcotráfico. Dar a eles um tratamento diferenciado é o mínimo que precisamos fazer”, disse.

Jeozadaque Garcia
Assessoria de Imprensa da ACS

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