Como se não bastasse a luta salarial e a luta das promoções, uma nova portaria sobre o TAF (Teste de Aptidão Física) publicada através no BCG (Boletim do Comando Geral) no dia 20 de fevereiro de 2013 causou inquietação entre cabos e soldados da PMMS.
Prova dessa insatisfação são os comentários postados no site Ronda da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul). Reproduzidos aqui.
“[...]Indignação total, não vejo a hora de completar meus 20 anos e ir embora, quando entrei em 98 tinha perspectiva na profissão policial militar, hoje conto os dias para completar meus 20 anos e pendurar o azulão[...]”
“[...]Quando entrei na PM eu tinha 18 anos e tive que fazer o taf de 3.200 mt e hj tenho 44 anos e tenho que fazer 2.800 mt que vantagem eu tive se tenho que fazer praticamente a mesma coisa depois de estar na PM por 25 anos. Vejo que esse taf tem que ser revisto e adequado a idade de cada policial. Mexeram na Portaria do TAF mas nada de adequar.”
Por orientação do presidente da ACS, Edmar Soares, a assessoria jurídica da entidade está estudando a melhor maneira de entrar na justiça com uma ação contra a exigibilidade do TAF. Mesmo contrária a vontade dos praças a portaria está de acordo com as leis, exceto o artigo 10º que tem sido estudado mais detalhadamente pelos advogados da ACS.
“Essas exigências de TAF, muito rígidas, podem causar uma grave crise dentro da própria Polícia Militar, pois haverá menos policiais na rua do que o necessário. E a inaptidão pode gerar inatividade em muitos policiais como causa efeito do tempo de serviço na polícia”, ressaltou Antonio Marcos Porto Gonçalves, advogado da assessoria jurídica da ACS.
Para o Coronel Carlos Hudmax, responsável pelo Departamento de Planejamento, Instrução e Ensino do Comando-geral o novo TAF exigido pela portaria de nº 033 não prejudicaria os policiais mais antigos “porque o TAF exigido anteriormente tinha o mesmo grau de dificuldade, na verdade diminuímos 10 segundos da corrida e foi colocado outro abdominal no lugar do remador que era realizado antes”, lembrou.
“O TAF semestral está no Estatuto e poder ser utilizado como requisito para o CFC, CFS e CAS, mas no caso de cursos de operações especiais é necessário um outro TAF, até porque são outras empresas que fazem o processo seletivo desses cursos especiais”, falou coronel Hudmax quanto a cobrança de novos TAF´s.
Conforme informações do comando-geral a previsão para a publicação do edital é para o início de março.
Assessoria de Imprensa da ACSPMBMMS
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